A Procuradoria Geral da República (PGR) está a investigar a SIC por causa das audiências que, segundo a Gfk, é líder há mais de 2 anos.
A notícia está a ser avançada na edição de hoje do jornal “Tal & Qual” (1€), onde é noticiado que o DIAP (Departamento de Investigação e Acção Penal) já investiga a suposta fraude nas audiências, que terá como objectivo favorecer a SIC. Em causa estão 240 milhões de euros em publicidade.
A investigação quer saber se há realmente manipulação nos números entre a SIC e a Gfk, principalmente nos dias que seriam favoráveis para os outros canais e que acaba, quase sempre, a SIC como vencedora do dia.
O “Tal & Qual” avança ainda que a RTP também está insatisfeita com a medição de audiências e estranha os números da Gfk, tal como a TVI.
Com a Gfk a dar a liderança à SIC há 28 meses, o canal de Pinto Balsemão é a estação que recebe cerca de 240 milhões de euros em publicidade, por ano. Um erro nas medições engana o público e as marcas que decidem investir no canal com mais audiências, segundo a empresa que fornece os dados diariamente.
O efeito Cristina Ferreira
A SIC passou a ser líder de audiências quando Cristina Ferreira saiu da TVI e foi o canal de Pinto Balsemão. Mas, tal como conta o referido jornal, quando Cristina Ferreira decidiu regressar à TVI, o efeito de audiências não se fez sentir na estação de Queluz de Baixo e, há cerca de uma ano, que a TVI tenta voltar a ser líder de audiências mas sem sucesso.
A Denúncia
A denúncia surgiu depois de uma carta da TVI enviada à CAEM (Comissão de Análise de Estudos de Meio) que tutela a medição das audiências televisivas em Portugal pela Gfk. Na carta enviada pelo canal de Queluz de Baixo pode-se ler que “A TVI considera de enorme gravidade para o mercado a existência de indicadores inexplicáveis com mudanças abruptas de resultados e com informação inconstante e desajustada (…) a TVI considera ser chegado o momento de dar testemunho da sua veemente reserva em relação ao sistema e regras em vigor, bem como, ao incumprimento das obrigações contratuais que impedem sobre a parte contratante do sistema de medição de audiências”.
Medição/Amostra de Audiências de TV pela Gfk
São, apenas, 1000 casas em Portugal que têm um “audímetro” (aparelho que mede as audiências), e que é parecido com a box da tv por cabo. Segundo a Gfk, estas mil caixas chegam a um universo de cerca de 3000 pessoas com mais de 4 anos de idade.
Até 2025
Certo é que até ao fim de 2025, a medição das audiências vai deixar de fora os dados recolhidos pela NOS, Vodafone, e MEO, através das suas boxes. Excluídos estão, também, todos os serviços de streaming.
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