O Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas pediu esclarecimentos e numa resposta conjunta da equipa de Ana Leal, contam que “A ordem por parte do Director de Informação era clara: Não é a hora de apontar o dedo“, rejeitando assim que a reportagem fosse para o ar.
A discórdia entre as duas partes foi imediata. A equipa do programa Ana Leal justificou a sua posição afirmando que o jornalismo não estava de quarentena: “A equipa manifestou total discordância argumentando que o jornalismo não está de quarentena e que só há uma forma de fazer jornalismo: informar. Esta decisão nada tem a ver com a necessidade de distribuir e reforçar a equipa pela redacção, já que todos nós já estávamos a trabalhar exclusivamente no tema Covid 19, mas sob orientações da Coordenadora Ana Leal“
O Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas quis saber qual era a forma que a Direcção de Informação da TVI acompanhava as reportagens da equipa de Ana Leal: “Durante o tempo em que o programa Ana Leal esteve no ar, Sérgio Figueiredo foi recebendo as propostas da coordenadora Ana Leal, aprovou sempre e um membro da Direcção de Informação via por norma as reportagens quando estavam concluídas, horas antes de serem exibidas. Nos últimos meses, o Director de Informação não tomou conhecimento dos temas nem visionou as reportagens antes de serem exibidas. Neste caso, ou seja, no contexto Covid-19, o acompanhamento foi totalmente diferente. A Direcção de Informação quis saber ao pormenor quais os temas, insistiu sempre na ideia de que não era hora de apontar o dedo aos poderes.“, contam
Sérgio Figueiredo, director e informação da TVI, diz que tanto o programa de Ana Leal como o da jornalista Alexandra Borges “foram suspensos antes de o Estado de Emergência ter sido declarado a nível nacional” e assim sendo, os jornalistas de ambas as equipas foram “integrados na estrutura de redacção“
O Director de Informação da TVI acrescenta ainda que: “Não preciso que me expliquem a importância de preservar até aos nossos limites o jornalismo de investigação, que é normalmente incómodo e que, no caso da TVI e das duas jornalistas que coordenavam equipas próprias, não poupavam nem nada nem ninguém ao exercício de escrutínio. Repito: fizeram-no por meu impulso. E também insisto: no último ano e meio fizeram-no debaixo de todo o tipo de pressões. Quando a Ana Leal, a Alexandra Borges ou o seu diretor mais precisaram de se defender de formas de coação e, aí sim, de censura e ameaças de gente poderosa e até sem escrúpulos, faltou-nos a voz e a atitude daqueles que agora querem proteger o jornalismo de investigação.“
Sérgio Figueiredo termina garantido que “são falsas e difamatórias” as acusações de que terá censurado as reportagens apresentadas pela jornalista Ana Leal
Eu nao gosto dessa sra. a fazer seja o que for parece que tem o rei na barrega .se fosse eu a mandar ja a tinha despedido
E tu o que tens na barriga. Será inveja