Pedrogão Grande
Francisco Moita Flores decidiu abordar o tema da grande tragédia que colocou Portugal no centro das atenções no Mundo e que fez 64 mortos, números oficiais.
O escritor, autor, político e comentador não poupou nas palavras para voltar a falar na tragédia que assolou, há um mês, Pedrogão Grande:
“OS MORTOS DE PEDRÓGÃO: Não sei se foram 64 vítimas ou foram mais. Sei que entrou no terreno do obsceno, da nojeira de pocilga, a discussão sobre isto. Não podem estar em segredo de justiça os nomes daqueles que sucumbiram à tragédia. Pode estar a investigação às causas das mortes mas nunca os nomes. A morte é um acto transcendente pelo que tem de individual. Cada um de nós só pode viver a sua própria morte. Mas também pelo que tem de social porque é pelo luto que nos libertamos da dor causada por aqueles que amamos e partiram. E finalmente, pelo direito ao nome e à memória. É inacreditável que Governo e Ministério Público entrem neste jogo inqualificável para o qual só há uma saída decente. Saber os nomes. Sejam quantos forem. Em nome da dignidade humana. E do direito à recordação daqueles que partiram. Infame o que se está a passar!” – Francisco Moita Flores
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