Foi presidente da RTP durante 6 anos, saiu no primeiro trimestre deste ano, num mandato bastante turbulento no seio da estação pública, onde houve várias manifestações e greves dos trabalhadores contra a sua gestão.
Agora, Gonçalo Reis decidiu lançar o livro “Serviço Público” que conta a sua experiência na RTP, mas nega ser um ajuste de contas com o canal público. No entanto, o agora ex-presidente da RTP deixou algumas críticas à empresa que dirigiu durante 6 longos anos: “Cada vez que se contrata um quadro para a RTP (seja um jornalista, um engenheiro informático ou um programador para um site) temos que ter as assinaturas de dois ministros: o das Finanças e o da Cultura. Isto são regras do tempo da outra senhora, não são regras actualizadas. Não é possível estar num sector competitivo, em que é preciso arriscar e surpreender o mercado, e ao mesmo tempo ter estas amarras. Deveriam haver mecanismos diferenciadores: uma empresa que cumpre os orçamentos, que sempre apresenta superávits, deve ter mais autonomia para, com rigor financeiro, exercer os bons mecanismos de actração de talento. E não é apenas atrair, é também mobilizar o talento interno.”, disse numa entrevista dada ao podcast “Maquiavel para Principiantes”
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