Covid-19. João Ribeiro Telles: “Corremos o risco de não ter corridas este ano”

João Ribeiro Telles

O cavaleiro João Ribeiro Telles revela-se muito preocupado com a pandemia da Covid-19: “Acho muito perigoso o que estamos a viver”.

Em entrevista ao site Tauronews, João Ribeiro Telles falou sobre o novo coronavírus: “Acho que esta situação vai causar bastantes danos e corremos o risco de não haver corridas de toiros em Portugal, este ano. A situação é séria e perigosa porque está a matar muitas pessoas, mas se continuarmos em casa a coisa há-de controlar-se e parar. Mas o pós Covid-19 vai ser muito complicado, porque quando vão voltar os toiros é uma coisa que não se sabe e, sinceramente, isso assusta bastante. Acho muito perigoso o que estamos a viver, mas o que aí vem também não será coisa boa.”

O cavaleiro conta ainda que muitas corridas que já tinha confirmadas acabaram canceladas: “Já tive bastantes festivais e corridas canceladas. Tive o mês todo de Março cancelado. Toureava o Festival de Beja, da Moita, da Chamusca e a corrida de Santarém. Em Abril, toureava em Espanha e também foi tudo cancelado. Em Maio, toureava em Montemor, Beja, Feira da Moita e tinha duas feiras importantes em Espanha. Estamos a falar de bastantes corridas.”

E sobre o que a Covid-19 poderá fazer à festa brava, João Ribeiro Telles diz que este ano, a época tauromáquica não deverá acontecer: “Espero estar enganado, mas corremos o risco de não ter corridas este ano. Mesmo que se comece em Agosto, perde-se muito dinheiro, no que se refere a corridas, mas também ao nível do negócio de cavalos, tenho a certeza que nos próximos tempos, não vão haver negócios, vamos ter que focar em coisas muito mais essenciais. Eu não sou excepção e isto vai dar um certo abanão.”

E como tem a sua família reagido a isto tudo e como se tem protegido? O cavaleiro responde assim “Temos gerido dentro do possível. Nós temos a sorte de viver no campo, não parei de trabalhar, porque o meu trabalho é em casa, mas sempre com as devidas protecções. Mas a nível familiar tenho medo, pelos meus pais, pela minha avó, pelas pessoas mais idosas e pela minha família mais directa, que não há-de afectar, se Deus quiser, mas tenho duas filhas, e a verdade é que psicologicamente nos afecta a todos. Juntos, mas separados, somos mais fortes, por isso, se ficarmos em casa a coisa vai no bom caminho. Tenho que agradecer, pois temos a sorte de viver no Campo, e dentro do possível conseguimos estar juntos, o que faz com que isto não nos afecte tanto. Quero deixar uma palavra às pessoas que não podem sair das suas casa, em andares, como é o caso de Lisboa, porque acho que isso é de louvar terem aguentado tanto tempo e ainda o tempo que aí vem. Só mesmo em casa é que as coisas se resolvem. “

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