Goucha ignora mensagem de Cautela
Esta já não é a primeira vez que Filomena Cautela é ignorada.
Primeiro Fez campanha para levar Cristina Ferreira ao “5 Para a Meia-Noite” mas sem sucesso. Agora tentou levar Manuel Luís Goucha ao seu programa e foi ignorada pelo apresentador da TVI.
Esta foi a mensagem que Filomena Cautela escreveu dirigida a Manuel luís Goucha:
Perante este atrevimento da apresentadora do 5 Para a Meia-Noite, Goucha acabou por ignorar e responder a outras pessoas.
Manuel Luís Goucha está de costas voltadas para Filomena Cautela depois de, em 2009, a mesma ter feito um mini-concurso para eleger a Melhor Apresentadora da Televisão Portuguesa onde surge, como hipóteses, o nome do apresentador da TVI que não gostou da brincadeira e acabou por levar a RTP, o produtor do programa e a apresentadora a tribunal.
Goucha conta o que se passou nesse ano:
“Filomena Cautela fazia, ao jeito de piadola, um quiz com João Manzarra, o convidado da emissão. A ideia era saber quem havia sido considerada, no entender da produção e/ou autoria do programa, a ‘apresentadora do ano’ e davam-se três ou quatro hipóteses de nomes de mulheres estando o meu incluído no mesmo lote. A resposta, certa no entender da produção e/ou autoria do programa, seria o meu nome.
É sabido como reagi à graçola: contactei no dia seguinte a produção do “Cinco para a meia noite” manifestando o meu desagrado pela grosseria e a minha intenção de processar apresentadora, produtor e estação emissora, já que entendi o acontecido como ofensa à minha dignidade. Entendo que a minha orientação sexual não legitima qualquer insinuação de mudança de género, mesmo que apenas para efeitos de humor. Também é sabido que o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa não me deu razão e decidiu pela não pronúncia dos arguidos Filomena Cautela, Carlos Moura e RTP2, ao abrigo da liberdade de expressão, decisão essa confirmada, posteriormente pelo Tribunal da Relação da mesma cidade.
Colocavam-se, então algumas pertinentes questões: há limites para o humor? Será que a piada é, por principio, ostensivamente ofensiva? Como proteger a liberdade dos fazedores de humor e ao mesmo tempo proteger o respeito dos ofendidos? Acato o argumento da liberdade de expressão, bem maior da Democracia, porém não posso calar a minha indignação ao perceber através do despacho de quem ajuizou (uma mulher, por sinal) que eu não tinha razão em sentir-me ofendido porque “todos reconhecem ao apresentador características que reflectem atitudes atribuídas ao sexo feminino, tal como a sua forma de se expressar… para além de que o apresentador usa roupas coloridas próprias do universo feminino e apresenta um tipo de programas também eles ligados às mulheres”